Compostável, Biodegradável ou Oxodegradável ?

17/07/2020

Para entendermos melhor a diferenças entre esses três termos dentro do mercado de plásticos, precisamos antes saber que biopolímeros são os polímeros derivados total ou parcialmente de materiais de fonte renovável (biomassa) - [EN 16575]. Sendo bonsExemplos de fontes renováveis são o milho, batata, cana de açúcar, óleo vegetal e trigo.

Biopolímeros convencionais: Bio-PE, Bio-PP, Bio-PET.*

Biopolímeros biodegradáveis: PLA, PBS, PHA e blendas de amido.

*Bio-PE, Bio-PP, Bio-PET – são biopolímeros com estrutura idêntica ao seu relativo polímero fóssil, entretanto são produzidos total ou parcialmente a partir de fontes renováveis. Não são biodegradáveis, eles se comportam como polímeros/plásticos comuns – demoram dezenas ou centenas de anos para se degradar na natureza.

Conforme sua estrutura, polímeros que são biodegradáveis podem ser degradados naturalmente por microrganismos como bactérias, fungos ou algas em ambientes aeróbios (como, por exemplo, na compostagem) ou em ambientes anaeróbios (como em aterros). Esta degradação produz água, dióxido de carbono (CO2) e biomassa. Gás metano (CH4¬¬) também é produzido, exclusivamente, em ambientes anaeróbios. A biodegradabilidade é um termo vago que não determina o tempo e as condições nas quais esta degradação por microrganismos ocorre, assim como não especifica se o material pode gerar resíduos tóxicos ao meio ambiente ou não.

Polímeros compostáveis, por sua vez, são aqueles nos quais ocorre a biodegradação aeróbia por microrganismos em condições específicas (temperatura, umidade, presença de microrganismos e de oxigênio). Estas condições são descritas em normas como a EN 13432 (norma europeia de compostagem industrial para embalagens plásticas) ou na ASTM D6400 (norma norte-americana). Estas duas normas, por exemplo, determinam que o material deve degradar 90% de sua massa em até 180 dias, considerando-se as condições específicas de compostabilidade mencionadas. Ao final do processo (por exemplo, em uma compostagem industrial), restam apenas água, gás carbônico (CO2) e biomassa (adubo). Atualmente existem produtos que podem ser compostáveis industrialmente ou em domicílio, este último sendo em um espaço de tempo maior e em condições mais brandas.

A compostabilidade não depende da origem do polímero (fóssil ou renovável), mas sim da estrutura química do mesmo. Polímeros fósseis podem ser compostáveis, assim como polímeros de fontes renováveis.

Oxodegradáveis, são polímeros de origem fóssil convencionais como PE, PP, PET ou PVC que sofreram a adição de sais metálicos (de metais como: cobalto, manganês e ferro). Estes sais aceleram a oxidação e fragmentação causadas pela ação do oxigênio, sendo aceleradas pela exposição à luz UV e/ou calor. Esta degradação gera fragmentos plásticos de menor massa molecular (microplásticos) e partículas inorgânicas. Tais fragmentos podem permanecer décadas no solo até desaparecerem totalmente. Muitas vezes este tipo de material é apresentado como biodegradável, mas este processo não é comprovado por nenhuma certificação relevante (EN 13432 ou ASTM D6400, por exemplo). Estudos recentes mostram que aditivos oxodegradáveis não permitem que o material seja biodegradado1. Em 2017, mais de 150 organizações sancionaram uma declaração pela iniciativa New Plastics Economy da Fundação Ellen MacArthur que propõe o banimento de embalagens oxodegradáveis mundialmente.

Atuamos no mercado com um extenso portfólio de biopolímeros compostáveis, formado pelos grades da marca ecovio® da BASF, produzidos a partir de uma blenda de PLA (de fonte renovável) e de ecoflex® (PBAT).

Para saber mais sobre a diferença entre estes termos ou sobre os produtos da nossa linha de biopolímeros, entre em contato com a nossa equipe de especialistas pelo 0800 006 0050.

Sobre ADDITIVA

A ADDITIVA é uma empresa distribuidora de produtos químicos que atua em diversos segmentos industriais. Nosso portfólio é composto de produtos fabricados pelas principais empresas químicas do mundo, o que nos permite garantir qualidade e contribuir com o sucesso dos nossos clientes em quase todos os setores e estados do Brasil. Além do segmento de químicos, nossa unidade de impressão 3D, a ADDITIVA 3D Printing Technologies, oferece um dos mais amplos portfólios de materiais de alta performance na área de manufatura aditiva. Para mais informações acesse: www.additiva.com.br / www.additiva3d.com.br.