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Limpeza e desinfecção em tempos de pandemia

Limpeza e desinfecção em tempos de pandemia

Limpeza e desinfecção em tempos de pandemia

16/07/2021


Os hábitos de higiene e desinfecção sofreram uma grande transformação nos últimos tempos e são cada vez mais necessários. Com isso, o mercado de limpeza vem sendo fortemente impactado com uma crescente demanda por produtos de maior performance e apelo sustentável. Os fabricantes, por sua vez, são estimulados a desenvolver novas tecnologias e oferecer produtos diferenciados e cada vez mais inovadores.

O mercado de limpeza possui dois escopos de atuação, sendo dividido em produtos de limpeza domésticas e produtos para limpeza industrial. A grande diferença está nas características dos produtos fabricados, sendo os de uso industrial normalmente mais específicos e com poder limpeza superior. Além disso, podemos estabelecer três pilares que norteiam a forma de atuação das empresas e direcionamento dos produtos desenvolvidos.

O primeiro pilar é a sustentabilidade, um conceito que chegou no mercado há alguns anos e que está relacionado com a necessidade, cada vez maior, de usarmos produtos e matérias-primas que tenham apelo sustentável, ou seja, produtos que sejam biodegradáveis, bio-based (com origem em fontes renováveis), menos tóxicos ou menos perigosos do ponto de vista de saúde e, também, produtos concentrados - que permitem uma logística mais ecológica.

Outro pilar importante que o mercado de limpeza considera é a relação custo-benefício. Com o crescimento do número de empresas fabricantes de produtos de limpeza e desenvolvimento de matérias-primas cada vez mais competitivas, o mercado acaba sendo direcionado pelo fator preço, o que nos leva a uma necessidade de manter uma excelente performance a baixo custo.

O terceiro pilar está relacionado a experiência sensorial, ou seja, o resultado final de uma limpeza: a sua efetividade. Em tempos de pandemia e necessidade cada vez mais latente de produtos com eficácia, a efetividade dos produtos de limpeza ganhou uma importância ainda maior, tanto em ambientes domésticos quanto industriais.

Para entendermos um pouco mais sobre os fatores que determinam a eficácia de um produto e os demais pilares citados, explicaremos resumidamente alguns dos principais componentes para fabricação de produtos de limpeza.

Partindo de uma formulação básica, como por exemplo um limpador de superfícies, sua composição é feita basicamente por tensoativos aniônicos, tensoativos não iônicos, quelantes, insumos de customização de cor e fragrância e os claims – uma classe de aditivos usados para conferir determinadas características e propriedades mais específicas.

Uma das classes citadas acima, extremamente importante na composição de produtos de limpeza, são os quelante -  matéria-prima responsável pelo controle da concentração de íons metálicos na fase líquida. Os quelantes auxiliam no aumento da eficiência de limpeza, pois eliminam a interação entre os íons presentes na água dura com os surfactantes aniônicos, que reagem com esses íons de cálcio, magnésio e ferro, ocasionando reações de precipitação. Os quelantes capturam esses íons evitando essa precipitação e mantendo a eficiência dos tensoativos.

Já na formulação de lava-roupas, por exemplo, os quelantes auxiliam na remoção de manchas difíceis, como aquelas de sangue ou vinho, e previnem as incrustações de sais nas fibras das roupas, que deixam um aspecto ruim, envelhecido e enrijecido nos tecidos. Além disso, eles auxiliam na estabilização de produtos alvejantes usados para branqueamento e, também, evitam a descoloração e mudança de cor e fragrância dos sabões feitos com graxas - que contenham alguma quantidade de metais como ferro e manganês, provenientes do processo de fabricação.

Os quelantes evitam a incrustação de sais nos vidros de banheiros e nas louças, podendo ser usados em formulações de detergentes, limpadores de banheiros e limpadores para máquinas de lavar-louças. Aumentam a transparência dos produtos evitando, assim, a turbidez causada pelos sais presentes na água dura.

A ADDITIVA conta com um excelente portfólio de agentes quelantes, como os grades da linha Trilon® B à base de EDTA tetrassódico, nas apresentações em pó ou solução aquosa, com concentração de 39 a 41%, indicado para fabricação de detergentes, limpadores, desengraxantes e desinfetantes, sabões e sabonetes, produtos para limpeza em indústria alimentícia, laticínios e bebidas, e detergentes para máquinas lava-louças e lava-carros.

Além desta classe ou família de soluções, o desenvolvimento de produtos de limpeza também conta com alguns aditivos para estabelecer características específicas, como os biocidas, que são fundamentais pra fabricação de materiais com forte apelo de desinfecção.

Quando se fala em biocidas é importante esclarecer sobre a diferença entre dois conceitos que, por vezes, geram confusão: a desinfecção e a esterilização. Um objeto esterilizado está livre de toda e qualquer contaminação microbiológica e, por definição, a esterilização implica na probabilidade de 1 em 1 milhão de um determinado micro-organismo sobreviver - o que significa dizimar qualquer contaminação microbiológica. Isso se aplica a todo o tipo de micro-organismo, como bactérias, fungos, vírus e inclusive esporos, que são de difícil eliminação.

Já o processo de desinfecção é diferente e pode ser dividido em 3 tipos, desinfecção de alta, intermediária e baixa - com níveis diferentes de eficácia e ação bacteriológica, dependendo do tipo de microrganismo.

Cabe lembrar que a ação da limpeza não promove uma desinfecção ou uma esterilização. Esse processo está mais relacionado à capacidade de remoção de sujidades em geral, mas não necessariamente na eliminação da contaminação microbiológica. Na limpeza, a remoção do material microbiológico se dá por ação mecânica diferente da eliminação por desativação que ocorre na desinfecção e na esterilização. Ou seja, para assegurar uma boa desinfecção e uma boa esterilização e otimizar esses processo, é fundamental que se faça uma prévia limpeza dos materiais ou superfícies que estão sendo tratadas.

Se pegarmos como exemplo o vírus Sars Cov 2, que origina o Covid-19, os tensoativos que fazem a limpeza tem boa eficácia na remoção mecânica e até mesmo na inativação desses micro-organismos, e isso acontece porque esse vírus tem uma camada externa lipídica que é inativada com a ação dos tensoativos. Como sabemos, de uma maneira geral, os tensoativos solubilizam gorduras em água e por isso tem essa eficácia contra vírus como o coronavírus.

Dentro da classe de biocidas disponíveis no nosso portfólio, contamos com o Tinosan® HP 100, um produto de efeito long-lasting, com ação que controla o crescimento microbiológico por um período prolongado. Seu princípio ativo é o diclosan, poderoso agente de inibição do crescimento microbiano, e pode ser indicado em formulações de lava-roupas líquidos, lava-roupas em pó, amaciantes, limpadores de superfície, desinfetantes e produtos para lavar-louças.

Esta matéria-prima pode ser utilizada em qualquer tipo de formulação, em uma ampla faixa de pH e é compatível com a grande maioria dos insumos usados nas formulações de limpadores. Somente deve-se evitar pH alcalino extremo acima de 13-14, pois neste caso específico promovem uma degradação do ativo.

Além destas características, este agente tem grande versatilidade e pode ser adicionado a formulações onde a temperatura de aplicação ultrapasse 100°C, e sua temperatura de estabilidade térmica chega a 150°C, sendo bastante estável. Em termos de eficácia biocida, esse ativo é considerado pelo menos 7 vezes mais eficaz que os ativos usuais para controle de crescimento microbiológico.

Em condições iguais de avaliação, comparando-se uma formulação sem o uso do Tinosan® e uma contendo o produto, os testes apresentaram uma queda considerável nos níveis de bactérias e uma excelente contenção e controle do crescimento microbiológico, mantendo as superfícies livres de contaminação por um tempo muito longo.

Além dos produtos para controle do crescimento bacteriológico, contamos com outros tipos de matérias-primas para desinfecção de superfícies. O Protectol® GA 50, por exemplo, tem como ativo o glutaraldeído, um agente eficiente contra fungos, vírus (inclusive vírus envelopado como os da classe corona), bactérias (inclusive microbactérias) e com uma ação potente contra esporos. Este produto é indicado para diversos tipos de formulações, com o propósito de desinfecção de superfícies em geral e equipamentos.

O Protectol® GA 50 não é corrosivo e pode ser usado em todos os tipos de formulações para o mercado de I&I, como limpeza de locais de criação de animais, evitando a proliferação de doenças, limpeza de instrumentos e equipamentos médicos e na indústria de alimentos e bebidas.

Agora, mais do que nunca, a desinfecção e limpeza eficiente dos ambientes serão fundamentais para assegurar a saúde de todos. Por isso, é essencial entender mais sobre as diferenças desses processos, e garantir a fabricação de produtos com alto poder de limpeza e desinfecção.


Autoras do artigo: Dais Soares, Fabiana Bittencourt e Vanessa Dutra


Sobre a ADDITIVA:

Distribuidora de especialidades químicas que atua em mais de 15 segmentos industriais, que vão de tintas e revestimentos, construção civil, couro e têxtil, cerâmica, metalworking, agroquímicos, biopolímeros compostáveis até filamentos e resinas fotocuráveis para impressão 3D. Possui três centros de distribuição que estão localizados em Canoas/RS, Mauá/SP e Itajaí/SC, além da sua sede administrativa em Porto Alegre/RS e de sua equipe de vendas distribuída por todo território brasileiro.
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